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Artigo

“Daqui a 10 anos a sustentabilidade vai ser a norma”

Data
12 de Novembro, 2021

César Lima, CEO da Adalberto, participou no evento promovido pelo Center for Business Innovation para a apresentação do Selo PME Sustentabilidade. E partilhou a experiência desta empresa nacional na sua jornada de transformação para um futuro sustentável.A indústria têxtil é considerada uma das mais poluentes do mundo pelas elevadas emissões de gases com efeito estufa aos quais se junta o elevado consumo de água. Os caminhos rumo a um futuro sustentável multiplicam-se e interligam-se com a visão, objetivos estratégicos, tipo de indústria e estado de maturidade da PME. A Adalberto é uma empresa nacional nascida nos anos 60 do século XX que passou de um negócio familiar a líder europeia na estampagem de tecidos, pautando desde sempre pela inovação, criatividade e liderança. A experiência da Adalberto na jornada de transformação rumo a um futuro sustentável serviu de mote para a partilha de César Lima, CEO da empresa.Uma das mensagens de César Lima prende-se com a urgência da sustentabilidade: “daqui a dez anos a sustentabilidade vai ser a norma” e acrescenta ser possível antever essa realidade através dos pedidos dos clientes e exigências dos consumidores.A jornada da Adalberto começa na redefinição do modelo de negócio – a evolução da linearidade para a circularidade do modelo com o propósito de diminuir a quantidade de resíduos tóxicos e apostar na reutilização destes resíduos e reintroduzi-los na cadeia de valor.A jornada para um futuro sustentável que a Adalberto está a trilhar assenta em quatro vertentes: água, energia, ambiente e social/ proteção/ responsabilidade social.A indústria têxtil consome elevadas quantidades de água. Por exemplo, são precisos mais de 5000 litros de água para produzir um par de calças de ganga. Para uma empresa têxtil, a gestão da água é um processo crítico, por isso há uma aposta clara na otimização do uso de químicos e água nos processos industriais. A Adalberto possui também uma estação de tratamento de águas próprias.Com estas iniciativas, a Adalberto conseguiu reduzir em 20% o consumo de água: 92 403 m3, ou seja, o equivalente a 1 piscina olímpica por semana (em comparação aos valores de 2016). E conquistou a Certificação Care for Water do Grupo Inditex.A indústria têxtil consome também muito energia. Para otimizar o consumo de energia, a Adalberto apostou na instalação de um sistema de recuperação de calor nas caldeiras e substituiu o telhado por painéis translúcidos/ fotovoltaicos. Atualmente a energia elétrica consumida pela empresa provém de fontes renováveis. Também a frota da empresa está a ser renovada por meio da compra de veículos elétricos.A pensar no ambiente, a missão da Adalberto é ser carbono zero a médio prazo; para isso participa em consórcios que colaboram na reciclagem de produtos têxteis. A inovação é um pilar central quando o objetivo é proteger o ambiente e faz parte do ADN da empresa.  A “Travel Shirt” é um exemplo deste espírito inovador. Não precisa de ser lavada tantas vezes nem precisa de ser passada a ferro. É repelente à água e por dentro é absorvente. Tem também uma propriedade antibacteriana que inibe a formação de cheiros e a multiplicação de bactérias. Numa perspetiva social, e a pensar nos seus colaboradores e na sua qualidade de vida, a Adalberto apostou na remoção de telhados de fibrocimento, proporcionando a entrada de luz natural no edifício e protegendo a saúde da equipa.A equipa da Adalberto tem ao seu dispor uma cantina com refeições desenvolvidas por nutricionistas a um custo reduzido. A empresa promove o desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores e comunidade envolvente.Este conjunto de iniciativas reflete o compromisso da Adalberto rumo a um futuro sustentável nas suas vertentes: ambiental, económica e social.  A Adalberto desenvolveu e produziu a máscara MOxAd-tech, à venda nas lojas MO. Esta máscara é aprovada pelo CITEVE para Covid-19 (Nível 2).