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Portugal a subir no World Digital Competitiveness Ranking

Date
30 of September, 2021

Portugal reconquista a 34ª posição do ranking, subindo três lugares e recuperando a posição ocupada em 2019. Foi um dos países europeus que mais posições subiu, tendo sido ultrassado apenas pelo Luxemburgo, que subiu seis posições.O IMD World Competitiveness Center analisou 64 países, tendo avaliado a capacidade de adotar e explorar tecnologias digitais para a transformação dos modelos de negócio, práticas governamentais e societárias. Para a elaboração do relatório o IMD contou, em cada país, com a colaboração de uma instituição parceira para a recolha de dados e no caso português conta com a participação exclusiva da Porto Business School. Neste ranking o IMD World Competitiveness Center analisa três indicadores da competitividade. São eles: o conhecimento, que define as capacidades necessárias para a aprendizagem e descoberta de tecnologias; a tecnologia, que quantifica o desenvolvimento de tecnologias digitais; e, ainda, a preparação para o futuro, que considera o nível de preparação de uma economia para desenvolver a sua transformação digital.Este ano Portugal apresenta um crescimento na jornada da transformação digital, contrariando a tendência das últimas três edições do ranking. Portugal sobe três posições e ocupa a 34ª posição no quadro geral.Ao analisar o ranking desagregado por indicadores, para Portugal o conhecimento é o indicador mais relevante, ocupando a 32ª posição e tendo subido uma posição em relação ao ano anterior.O indicador conhecimento abrange três variáveis: talento; formação e educação; e concentração científica.  Das três variáveis o talento é a mais importante, ocupando a 22ª posição.As capacidades tecnológicas são a principal força catalisadora desta variável (14ª posição), por isso Portugal está a promover o desenvolvimento das competências necessárias para um futuro da educação mais digital. O tema do futuro da educação foi precisamente o tema do Digital Lab, promovido pela IDC e Axians, no âmbito da sexta edição do Portugal Digital Awards. No dia 16 de setembro o Digital Lab reuniu um painel de representantes de instituições com um forte contributo para a educação portuguesa. Nesta tertúlia sobre o futuro da educação em Portugal, Patrícia Teixeira Lopes, Associate Dean da Porto Business School, identifica “três ou quatro prioridades que devem fazer parte deste futuro da educação: a formação ao longo da vida, que é essencial”, o facto de a formação ter de ser “cada vez mais personalizada, customizada e de acordo com aquilo que são os interesses individuais de cada pessoa”. Para a concretização destes pontos, Patrícia Teixeira Lopes assegura que “o digital vai ser um suporte determinante”.O indicador tecnologia mantém a posição de 2020 e 2019, ocupando a 38ª posição e neste contexto destacam-se como pontos fortes as leis de imigração (3ª posição) e as tecnologias de comunicação (11ª posição). Em 2018 Portugal ocupava a 32ª posição no ranking da preparação para o futuro. Apesar de o pior cenário quanto à competitividade digital está na preparação para o futuro, Portugal subiu três posições (38ª posição) em relação ao ano passado (41ª posição). Neste segmento destaca-se como principal fraqueza o uso deficitário de “big data” e “analytics”.Arturo Bris, Diretor do World Competitiveness Center do IMD, afirma que “a transformação digital das sociedades tem implicações profundas para a prosperidade nacional e para a expansão da riqueza, mas normalmente as escolhas e os trade-offs em jogo são pouco percecionadas por aqueles que são afetados por essas mesmas escolhas”. Este estudo visa apoiar um debate público de melhor qualidade sobre o tema.